sábado, 4 de março de 2017

    "É Notícia no Rádio" discute a atuação da mulher em espaços tidos socioculturamente como masculinos

    Fotos: Antonio Carlos / É Notícia no Rádio




    Neste sábado, 04, que antecede a data que se comemora o Dia Internacional da Mulher, o É Notícia no Rádio entrevistou a professora e pastora da Igreja Apostólica Batista Viva, Anna Paula; e a técnica em Administração de Empresas e Guarda Civil Municipal efetiva, Ozana Alves, para falar um pouco sobre seus trabalhos em ambiente predominantemente masculino. O programa destacou ainda as notícias políticas, econômicas e esportivas que nortearam os pernambucanos.

    A pastora concedeu a entrevista acompanhada
    do seu esposo, o Pr. Eduardo
    O caminho de pastoreio de Anna Paula começou aos poucos e com certa resistência, mas ao compreender o propósito de Deus em sua vida não teve como fugir do seu destino e o contato com as pessoas a fez compreender com mais clareza esse chamado ministerial: “Quando passei a lidar com pessoas de forma especial, cuidando, aconselhando, ensinando a palavra de Deus, estabelecendo vínculos de amizade, eu não almejava o pastoreio,  mas quando a gente se dispõe a fazer a vontade de Deus, a gente faz o que ele nos propõe a fazer independentemente da nossa opinião, pois a vontade do Senhor será sempre boa, agradável e perfeita,” disse a pastora ordenada em agosto do ano passado.

    Perguntada se sofreu algum preconceito por estar em um universo com predominância masculina, Anna Paula disse que não sofreu nenhum tipo de preconceito e que não vê preconceito e nem omissão por parte das mulheres, mas um engessamento causado pela própria sociedade machista que cria um sentimento de que determinadas profissões e lugares não podem ser ocupadas por elas. Citando o livro de Gênesis (1, 28), a pastora ressaltou:  “As mulheres não compreenderam que Deus não abençoou somente os homens, mas também as mulheres para que juntamente com os homens subjuguem, sejam férteis, multipliquem e dominem”.

    Compartilhando do mesmo sentimento, Ozana Alves considera sua profissão também como um chamado ou um dom, pois na sua opinião não adianta querer e não gostar do que se faz. Filha biológica de vigilante e enteada de um militar, Hozana antes de ser aprovada em seleção pública para Guarda Civil Municipal (GCM) de Santa Cruz do Capibaribe em 2015, atuava como segurança de eventos, comprovando assim sua paixão pela profissão e como ela mesma confirmou estar no sangue. “Acredito que seja uma vocação, passei por outros segmentos profissionais, mas foi a defesa social que mais me cativou e que mais tem me proporcionado formas de crescimento”, contou.

    Ozana chegou ao estúdio após um plantão na SISPOL
    Segundo Ozana, atualmente na corporação da GCM existe mais de 80 homens e apenas 4 mulheres, algo que ela considera normal, uma vez que a mulher só adquiriu o direito ao voto em 24 de fevereiro de 1932 e desde então tem buscado o seu espaço em ambientes até então predominantemente masculino. Realizada por fazer parte da corporação, Ozana ainda demonstra seu orgulho ao ser a mais velha das mulheres em atuação na guarda e de ter sido aprovada aos 43 anos, ratificando que nunca é tarde para estudar e lutar para conquistar os seus sonhos. “Não importa a idade que a mulher tenha ou se ela passou sua vida dedicada aos afazeres da casa e na criação dos filhos, sempre é tempo de buscar uma qualificação, de se aperfeiçoar em algo que já tem domínio, enfim, com sabedoria e discernimento a mulher pode ir longe, muito mais longe que ela possa imaginar”, assegurou Ozana.

    Para acompanhar a entrevista na integra, basta acessar o play abaixo:



    ORIGEM DO DIA INTERNACIONAL DA MULHER


    Funcionárias do Instituto de Resseguros, primeira empresa no Brasil a ter uma creche para filhos das funcionárias. (Foto: Divulgação)


    O incêndio de 25 de março de 1911 em uma fábrica de tecidos em Nova York, na Triangle Shirtwaist Company, que vitimou 125 mulheres e 21 homens, viria a ser sugerido, nos EUA, como dia simbólico das mulheres (tal como sugerido por Clara Zetkin).

    A maioria dos movimentos reivindicava melhorias nas condições de trabalho nas fábricas e, por conseguinte, a concessão de direitos trabalhistas e eleitorais (entre outros) para as mulheres. Vários protestos e greves já ocorriam na Europa e nos Estados Unidos desde a segunda metade do século XIX.

    O movimento feminista e as demais associações de mulheres capitalizaram essas manifestações, de modo a enquadrá-las, por vezes, à agenda revolucionária. Foi o que aconteceu em 08 de março de 1917, na Rússia.

    Em outubro de 1917, as mulheres trabalhadoras do setor de tecelagem entraram em greve e reivindicaram a ajuda dos operários do setor de metalurgia. Essa data entrou para a história como um grande feito de mulheres operárias e também como prenúncio da Revolução Bolchevique.

    Após a Segunda Guerra Mundial, o dia 08 de março (em virtude da greve das mulheres russas) começou a tornar-se aos poucos o símbolo principal de homenagens às mulheres. Ao mês de março também foi, a partir de então, associado o evento do incêndio em Nova York, ocorrido no dia 25. A partir dos anos 1960, a data já estava praticamente consolidada.

    O PROGRAMA

    O “É Notícia no Rádio” destacou ainda que os Dependentes podem sacar FGTS inativo de trabalhadores falecidos; por meio de biometria, TSE registra 15,6 mil fraudes em títulos de eleitor; MEC amplia prazo de pré-seleção do Fies; Governo Federal confirma vazamento em barragem da transposição do São Francisco; Mega-Sena acumulada pode pagar prêmio de R$ 38 milhões neste sábado; ONG Pão é Vida implanta Consultório Odontológico no sertão de Pernambuco, além dos lances da quinta rodada do Campeonato Pernambucano e as dicas de Cinema para este final de semana.

    O programa vai ao ar, todos os sábados, das 7h às 8h da manhã pela rádio IGM 88.9. Além do blog “É Notícia”, os ouvintes podem enviar as suas sugestões de pautas pelo WhatsApp (81) 9.8907-5045.

    Por: Josy Santos e Antonio Carlos

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