quinta-feira, 30 de abril de 2015

    A reformulação histórica do Jornal Nacional

    No ar há 46 anos, o Jornal Nacional revelou na última segunda, dia 27, uma reformulação completa. O cenário e o novo logo, que já tinham vazado antes finalmente deram as caras, mas a surpresa mesmo ficou por conta do novo posicionamento do programa.

    No ano em que a TV Globo comemora seus 50 anos, o novo Jornal Nacional quer deixar de lado aquela aparência engomadinha e sisuda que tanto lhe caracterizou para falar de uma maneira mais dinâmica e próxima de seu público.


    No novo cenário há muito mais espaço. Os jornalistas agora se levantam e andam pra lá e pra cá. O que deu uma levantada no ritmo do noticiário e o deixou mais próximo do que já acontece hoje no Jornal Hoje e Jornal da Globo.

    Outra marca deste novo JN foi o uso intenso de Steadycam, como são conhecidas aquelas câmeras que ficam presas ao corpo do cinegrafista e permitem maior movimentação pelo cenário. Aparentemente uma forte herança da direção de arte do Entretenimento.


    Algumas coisas, no entanto, causaram estranheza. Como a segunda câmera que filma o correspondente de lado, pra gerar uma imagem de como se ele estivesse efetivamente ao lado do jornalista que está no estúdio. E o fato dos jornalistas levantarem da bancada e saírem do estúdio enquanto o programa se encerra.


    Se por um lado o noticiário ficou mais descontraído, a identidade visual ficou mais séria. O logo deixou de lado aquele espelhado que vinha ganhando força desde os anos 2000 e deu lugar a uma marca mais simples e discreta.


    Com a vinheta não foi diferente. A composição ficou mais escura e o plano de fundo por trás do “JN” ganhou uma espécie de mapa-mundi, que faz referência ao globo utilizado por muitos anos tanto no estúdio, quanto na própria abertura.


    A Globo, apesar de remar sozinha na liderança da TV aberta no Brasil, tem se esforçado muito para não ficar pra trás. E em uma época onde os jovens assistem cada vez menos TV e ficam cada vez mais diante de tablets e smartphones tem sido um desafio enorme conseguir ao menos manter a audiência.


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